terça-feira, 24 de maio de 2011

Flores mortas

Vagando pelo vale sombrio dos meus pensamentos encontro paredes manchadas por lembranças borradas que a muito já se esvaíram da minha vida e se marcam em pinturas na forma de passado. Lembranças já esquecidas e veladas em meu sepulcro sem sombra de esperanças. A exatidão inerte de meu ser me cega a alma e me consome na mais obscura solidão. Caminhos que sigo, direções que tomo de nada valem, são as mesmas flores mortas que encontro a cada esquina que viro. A escuridão fria e gelada tomou o lugar da fé que ardia em meu peito e agora sem sentido não posso repousar em paz. Meu inconsciente profana o meu ser e me faz ser o que não sou. Estou preso dentro de mim, minha prisão sem saída me engole e me distancia de tudo que um dia almejei na vida. Agora não vejo mais a luz que me guiava, acabei pedido no mundo que eu próprio criei onde ninguém ouve minha dor e meus gritos ecoam apenas aos meus ouvidos, onde meu coração chora lagrimas de sangue e minha alma não pertence nem a mim mesmo. E o que um dia eu chamei de meu mundo hoje não passa do meu inferno particular. (20/04/11)

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